Já te falei que eu adoro relatar as minhas viagens aqui para você? Pois é. Isso porque eu junto duas paixões: Escrever e viajar. Não necessariamente nessa ordem. Mas o fato é que eu adoro essa liberdade de escrever sobre minha experiência, sem me preocupar com essa história de agradar ao Google. Por isso eu vou fazer o meu relato pessoal da nossa última viagem à Andrada, interior de Minas. Nesse tipo de artigo, eu escrevo o que gosto e o que quero. E ponto. Não escrevo o que o SEO do Google recomenda.
Passado o desabafo, posso começar, né? Não sei se você já sabe, mas moro em Campinas, interior de SP, a um pouco mais de 120 km de Andradas, esse lindo destino encravado no bonito relevo montanhoso mineiro.
Mas Por Que Andradas?
Decidimos por Andradas porque é uma cidade que eu (incrivelmente) não conhecia ainda e porque era uma opção menos badalada.
Nossa virada de ano de 2020 para 2021 não seria voltada para grandes concentrações e festas. Estávamos muito mais para “passeio a dois” do que para curtição. Ahh! E tem muito vinho em Andradas. Mas isso eu te conto daqui a pouco.
Saímos dia 31 de Dezembro
Cedo no dia 31 de dezembro de 2020, pegamos estrada rumo ao sul de Minas. Depois de algum tempo, já sentimos o relevo montanhoso típico da região que eu amo de paixão. (Como eu estava sentindo falta daquilo).
Chegamos no horário do almoço e fomos direto fazer check-in no Hotel Dela Inn Andradas, um dos mais novos empreendimentos da cidade.
Depois de nos instalarmos em um apartamento standard do terceiro andar, decidimos conhecer o hotel. O que nos encantou foi o terraço no sétimo andar. A vista é linda e vale a pena passar algumas horas do dia por ali.
No início da noite, conhecemos uma praça enfeitada com luzes de natal e com um belo coreto ao centro, mas isso não é novidade já que para ser uma cidade mineira precisa (obrigatoriamente) ter uma praça com coreto em frente a igreja mais importante.
Na ocasião, eu e Mariza sempre aproveitamos esse período de virada de ano para meditar e refletir sobre os rumos que a vida está nos levando. Sempre achei que é um bom momento para uma pausa e refletir sobre isso. Por isso, usamos alguns bancos para reforçar votos para o ano que viria e aproveitamos para colocar o papo regado a vinho em dia.
Depois de algumas horas retornamos ao quarto, afinal em pouco tempo seria o réveillon.
O Reveillon

Depois de algumas voltas na cidade, achamos uma bonita colina com uma bela vista para a cidade. Dali conseguiríamos apreciar a queima de fogos de diversos pontos espalhados por toda a cidade.
Faltando 5 minutos para a meia-noite, os vizinhos saíram de suas casas e foi bonito ver como as famílias se reúnem para festejar o ano novo. Apesar de todas as restrições da pandemia, os abraços e votos foram inevitáveis.
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Dez minutos depois, éramos somente eu e Mariza novamente sentados na calçada, comendo um ótimo gorgonzola e apreciando um belo espumante produzido em uma vinícola da região.
Nossa festa privada durou até às 3 horas da manhã, quando retornamos ao hotel para descansar.
Primeiro Dia de 2021
Na sexta-feira, primeiro dia do ano, passamos o dia curtindo a estrutura do hotel. Basicamente ficamos no quarto, assistindo Netflix ou subimos no terraço para apreciar a vista. Foi um dia de descanso, afinal era exatamente isso que estávamos procurando.
Procurávamos um final de ano calmo, sem tantos compromissos. É preciso alguns dias para descansar no meio da nossa correria interminável. E o primeiro dia do ano foi exatamente assim.
A tarde foi o período mais agitado do nosso feriado. Calçamos tênis e saímos para uma caminhada pela cidade. Eu considero a forma mais autêntica e efetiva para conhecer lugares novos. Andar a pé traz uma nova perspectiva sobre a cidade. É completamente diferente de andar de carro ou ônibus.
Fomos parar na praça Dr. Alcides Mosconi, que é o ponto de encontro da cidade e a praça principal, em frente à matriz.
Muitos visitantes e moradores locais dividem espaço no bem cuidado espaço público. Até experimentamos um hot-dog que é vendido por ali e retornamos caminhando para o Dela Inn.
Uma coisa chamou minha atenção. Com problemas de conexão na máquina de cartões no comércio de hot-dog, nós pudemos comer com a promessa de voltarmos outro dia para acertar. Isso ainda acontece na sua cidade? O comerciante te deixar ir apenas com a promessa de retornar para acertar as contas? Viva o interior e seus nobres costumes e confiança de antigamente.
Nesta noite foi de mais filme e leitura de livros no quarto.
Sabadão, Bora Explorar
No sábado, começamos o dia com o belo café da manhã servido no último andar do hotel. Já te falei que a vista lá de cima é linda? Depois eu solicitei para gravar em um quarto arrumado. O atendente prontamente me surpreendeu librando acesso às suítes máster e presidencial do hotel. São os quartos mais tops daquela hospedagem.
Após alguns minutos de gravação para produzir o vídeo do hotel para o Youtube, estava indo devolver o cartão de acesso quando fui surpreendido mais uma vez.
– “Marco, você gostou do hotel?” Perguntou Ricardo, um dos funcionários do Dela Inn Andradas.
– “Gostei? Foi um dos melhores quartos que já gravei. Eu amei a experiência. Muito obrigado.” Respondi.
– “Então arruma suas coisas e suba lá. Vocês vão dormir lá hoje.”
Uhuuull! A Turiste-se me rendendo agradáveis surpresas logo no início do ano. 2021 não veio para brincar, não.
Arrumamos as malas em 10 minutos e subimos para passar a última noite no sétimo andar, na suíte 702, uma das duas máster que existe por ali.
Eu encarei esse upgrade como uma recompensa por um trabalho forjado à paixão que conduzo nesse blog. Me sinto honrado quando o universo me surpreende com essas oportunidades de ter experiências incríveis. Muito obrigado, Dela Inn Andradas.
Vinhos e Mais Vinhos

Depois de nos alojar (mais ou menos) na nova suíte, voamos para a Vinícula Casa Geraldo, a mais tradicional da região.
Tínhamos um tour agendado para às 13h. Pontualmente começou uma apresentação que conta a história da vinícola. Depois partimos para a parte prática: experimentar muitos vinhos e sucos.
Conhecemos as parreiras e suas variedades, e tomamos mais vinho. Conhecemos alguns maquinários e… tomamos mais vinho.
Depois fomos ao local em que ficam armazenados os rótulos produzidos e… advinha? Tomamos mais vinho.
O final do tour foi bel legal. Todos estavam “bebinhos” de tanto vinho e o pessoal estava dando muita risada. Parecia que estávamos saindo da balada. Você pode consultar informações sobre os passeios na Vinícola Casa Geraldo tocando aqui.
Último Dia Da Viagem
Domingo, dia 3 de janeiro, fizemos tudo o que manda a minha tradição matutina em hotéis: Acordei, tomei um belo banho e fui tomar meu café da manhã no restaurante do hotel.
Nosso check-out estava previsto para às 12h, então não sobrava muito tempo além de arrumar as coisas com calma e partir.
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Como estava cedo para almoçar, ficamos na praça principal da cidade fazendo o que todos naquele local fazem: ver o tempo passar enquanto admira as belezas da cidade.
Tempo, aliás, que caminhava de forma muito mais lenta segundo a minha percepção. Eles têm razão quando falam que nós, da cidade grande, não temos vida e vivemos atrasados.
Após alguns minutos (que na minha cabeça eram horas), estávamos com fome o suficiente para almoçar. Escolhemos um dos principais restaurantes da cidade. Um simpático e intimista local chamado Soberano Steak House.

Lá é servido um prato incrível. São medalhões de filé mignon acompanhados por batata rústica ao molho de alho. Além de salada com molho pesto. Tudo isso com uma generosa porção de queijo derretido que é servido na sua frente. Precisávamos experimentar essa delícia, não?
Depois do almoço, já era hora de dizer tchau para Andradas, essa cidade acolhedora e tranquila do sul de Minas. Na volta, como prometido a Mariza, passamos no Pico do Gavião, bem na divisa de estados de São Paulo e Minas Gerais.
O acesso é todo feito de carro pela cidade de Águas da Prata, mas tivemos o incrível azar de pegarmos chuva lá em cima. É incrível como uma simples chuva a mais de 1.600 metros de altitude fica tão lindo. Vimos, inclusive, o que não víamos há muitos anos: granizo.

Depois de pouco tempo lá em cima, fomos surpreendidos pelos gritos de quem trabalha por ali para descermos rapidamente porque vinha se aproximando uma tempestade feia e poderia se tornar perigoso.
A descida foi tipo um rally. Eu confesso que fiquei bem assustado quando o instrutor de parapente nos informou, com cara assustada, que precisámos “descer imediatamente”.

Na descida, apesar da tensão e da chuva, foi tudo bem. Um pouco alucinada para meu gosto, mas a adrenalina de fugir da tempestade me fez parecer no “Velozes e Furiosos do Mato”.
Retornando à cidade de Águas da Prata, percebemos que nossa viagem havia acabado. Foi um réveillon pacato em uma cidade linda, com muito potencial de crescimento turístico e regado a muito vinho bom.
Espero que esse relato te inspire a conhecer Andradas e todos os seus pontos turísticos como Casa Geraldo, Pico do Gavião além de suas praças, trilhas e cachoeiras.
E aí?! Gostou do que leu aqui? Então quero te fazer um convite especial.
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Um abraço e boa viagem.
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